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Fórum voltado a palavra de Deus


    Concilios da igreja

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    Mensagem  admin Sáb Jul 26, 2008 4:12 pm

    Concílio de Niceia
    Data: 20 de maio de 325 - 19 de junho de 325

    O Primeiro Concílio de Niceia ocorreu durante o reinado do imperador romano Constantino I, o primeiro a aderir ao cristianismo, em 325. Foi a primeira conferência de bispos ecuménica (do Grego oikumene, "mundial") da Igreja cristã. Lidou com questões levantadas pela opinião Ariana da natureza de Jesus Cristo: se uma Pessoa com duas naturezas (humana e Divina) como zelava até então a ortodoxia ou uma Pessoa com apenas a natureza humana.

    Localização e participantes

    Niceia (hoje İznik), é uma cidade da Anatólia (hoje parte da Turquia). No verão de 325, os bispos de todas as províncias foram chamados ao primeiro concílio ecumênico em Niceia: um lugar facilmente acessível à maioria dos bispos, especialmente aos da Ásia, Síria, Palestina, Egipto, Grécia, Trácia e Egrisi (Geórgia ocidental). O número dos membros não pode exatamente ser indicado; Atanásio contou 318, Eusébio somente 250. Foram oferecidas aos bispos as comodidades do sistema de transporte imperial - livre transporte e alojamento de e para o local da conferência - para encorajar a maior audiência possível. Constantino abriu formalmente a sessão.

    A religião cristã nesses tempos era majoritária unicamente no Oriente. No Ocidente era ainda minoritária, especialmente entre os pagos, vilas rústicas. Daí o nome de pagãos para os gentios. Uma exceção era a região de Cartago ou Túnis. Portanto, os bispos orientais estavam em maioria.

    O papa em exercício na época, Silvestre I, não compareceu ao Concílio. A causa de seu não comparecimento é motivo de discussões: uns falam que recusou o convite do imperador esperando que sua ausência representasse um protesto contra a convocação do sínodo pelo imperador, outros que Silvestre jáa ancião estava, impossibilitado, portanto de comparecer. Silvestre ja fora informado da condenação de Ário ocorrida no Sínodo de Alexandria (320 a 321) e para o Concílio de Nicéia enviou dois representantes Vito e Vicente (presbíteros romanos).

    Ao que parece, quem presidiu o Concílio foi o Bispo Osio. Que Osio presidiu o Concílio afirma-o Atanásio, contemporâneo de fato (Apol. de fuga sua, c. 5), afirmam-no implicitamente os próprios arianos escrevendo que ele "publicara o sínodo de Nicéia" (Ap. Athânas, Hist. arian. c. 42)".

    As questões doutrinárias

    Este Concílio deliberou sobre as grandes controvérsias doutrinais do Cristianismo nos séculos IV e V. Foi efetuada uma união entre o extraordinário eclesiástico dos conselhos e o Estado, que concedeu às deliberações deste corpo o poder imperial. Sínodos anteriores tinham-se dado por satisfeitos com a proteção de doutrinas heréticas; mas o concílio de Niceia foi caracterizado pela etapa adicional de uma posição mais ofensiva, com artigos minuciosamente elaborados sobre a fé. Este concílio teve uma importância especial também porque as perseguições aos cristãos tinham recentemente terminado, com o Édito de Constantino.
    A questão ariana representava um grande obstáculo à realização da ideia de Constantino de um império universal, que deveria ser alcançado com a ajuda da uniformidade da adoração divina.

    Os pontos discutidos no sínodo eram:
    A questão ariana
    A celebração da Páscoa
    O cisma de Milécio
    O baptismo de heréticos
    O estatuto dos prisioneiros na perseguição de Licínio.

    É um fato reconhecido que o anti-judaísmo, ou o anti-semitismo cristão, ganhou um novo impulso com a tomada do controle do Império Romano, sendo o concílio de Niceia um marco neste sentido. Os posteriores Concílios da Igreja manteriam esta linha. O Concílio de Antioquia (341) proibiu aos cristãos a celebração da Páscoa com os Judeus. O Concílio de Laodicéia proibiu os cristãos de observar o Shabbat e de receber prendas de judeus ou mesmo de comer pão ázimo nos festejos judaicos.

    A questão Ariana

    Um das varias preocupações era como conciliar a divindade de Jesus Cristo com o dogma de fé num único Deus.

    Na época a inteligência dos cristãos ainda estava à procura de uma fórmula satisfatória para a questão, embora já houvesse a consciência da imutabilidade de Deus e da existência divina do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Nesse quadro, um presbítero de nome Ário passa a defender em Alexandria a idéia de que Jesus é uma "criatura do Pai", não sendo, portanto, eterno. Em suas pregações, Ário por várias vezes insistia em afirmar em tom provocativo que "houve um tempo em que o Filho não existia". Dizia que Cristo teria sido apenas um instrumento de Deus mas sem natureza divina. A esse ensinamento de Ário aderiram outros bispos e presbíteros. Sobretudo, o bispo Eusébio de Cesaréia, conhecido escritor da igreja, que se colou do lado de Ário.

    Por outro lado, a doutrina de Ário, ou arianismo, foi prontamente repudiada pelo restante dos cristãos, que viam nela uma negação do dogma da Encarnação. O repúdio mais radical talvez Ário tenha encontrado no bispo Alexandre de Alexandria e no diácono Atanásio, que defendiam enfaticamente a divindade de Cristo. Um sínodo foi convocado e a doutrina do Ário foi excluído da igreja em 318. Mas o número de seus adeptos já era tão grande que a doutrina não pode ser mais silenciada. A situação se agravava cada vez mais e, desejoso de resolver de vez a questão, o imperador Constantino, que recentemente, no ano de 324 d.C., havia se tornado o imperador também do oriente convoca um concílio ecumênico.

    Dado este importante, pois apesar de Constantino agora ser o imperador também do oriente mostra a independência que os Bispos orientais (a maioria no Concílio) tinham do seu recente imperador.

    A votação final, quanto ao reconhecimento da divindade de Cristo, foi um total de 300 votos a favor contra 2 desfavoráveis. A doutrina de Ario foi anatematizada e os 2 Bispos que votaram contra e mantiveram sua posição contrariando a posição do Concílio foram exilados pelo imperador.


    Primeiro Concílio de Constantinopla

    Este Concílio foi realizado em 381, e foi convocado para dirimir dúvidas ainda decorrentes do arianismo, que fora condenado em Nicéia, mas que retornava com apoio de alguns padres e nobres. São confirmados os dogmas da coroação e da trindade.

    Após a controvérsia sobre a divindade do Logos, os cristãos se voltaram para a do Espírito Santo: houve quem professasse ser o Espírito Santo mera criatura. O arauto principal desta tese foi Macedônio, bispo de Constantinopla; donde o nome de Macedonismo ou Pneumatomaquismo que Ihe foi dado. O lmperador Teodósio
    (379-395), zeloso da reta fé, houve por bem convocar novo Concílio Ecumênico desta vez para Constantinopla. Esta assembléia reuniu-se de maio a julho de 381. Firmou três decisões principais:

    1) O Espírito Santo é Deus, da mesma substância que o Pai e o Filho. Em conseqüência, o Símbolo de fé Niceno foi completado com as palavras: “Cremos no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai, que é adorado e glorificado com o Pai e o Filho e que falou pelos Profetas”.

    2) Foram condenados todos os defensores do arianismo sob qualquer das suas modalidades.

    3) A sede de Constantinopla ou Bizâncio foi atribuída uma preeminência sobre as demais logo após a de Roma, pois Bizâncio era considerada “a segunda Roma”.

    O Concílio de Constantinopla I não contou com a presença do Papa ou de algum legado deste. Todavia foi reconhecido explicitamente pela Sé de Roma a partir do século VI, no que concerne às suas proposições de fé (divindade do Filho e do Espírito
    Santo).

    Concílio de Éfeso

    O Concílio de Éfeso foi uma reunião de líderes cristãos que se desenrolou, em cinco sessões, entre 22 de Junho e 31 de Julho de 431 na cidade de Éfeso. Foi convocado pelo Papa Celestino I e teve como resultados a condenação da heresia cristológica e mariológica de Nestório e a proclamação da maternidade divina de Maria (Theotokos).

    Após o estudo da SS. Trindade, os cristãos se detiveram sobre Jesus Cristo: como oderia ser Deus e homem ao mesmo tempo?

    Levando adiante idéias de autores anteriores, Nestório, bispo de Constantinopla, pôs-se a combater o título Theotokos, Mãe de Deus, que os cristãos desde o século III atribuíam a Maria. Tal título significava que em Jesus havia uma só pessoa - a divina -, que, além de possuir tudo o que Deus possui, dispunha de verdadeira natureza humana. Para Nestório, a humanidade de Jesus seria apenas o templo ou a revestimento do Filho de Deus; a divindade teria passado par Maria, mas não nascera de Maria, a que implicava uma pessoa humana em Jesus distinta da segunda pessoa da SS. Trindade. Tal doutrina causou celeuma entre os cristãos, de modo que o Imperador Teodósio II (408-450) convocou um Concílio Ecumênico a se realizar em Éfeso (Ásia Menor) de junho a setembro de 431. O Papa S. Celestino I (422-432) fez se representar par S. Cirilo de Alexandria. O Concílio de Éfeso:

    1) condenou e depôs Nestório, rejeitando a sua doutrina. Não elaborou fórmula de fé, mas aprovou a segunda carta de S. Cirilo a Nestório;

    2) condenou a pelagianismo (doutrina excessivamente otimista no tocante a natureza humana) e o messalianismo (corrente de espiritualidade que apregoava a total apatia ou uma Moral indiferentista).

    Concílio de Calcedônia (451)

    Foi o quarto dos primeiros sete Concílios da história do cristianismo, onde foi repudiada a doutrina de Eutiques do monofisismo e declarada a dualidade humana e divina de Jesus, a segunda pessoa da Santíssima Trindade.

    O pensamento teológico, tendo superado a Nestorianismo (que cindia Jesus Cristo, atribuindo-lhe dois eu ou duas pessoas) esteve sujeito a movimento pendular. A tese de ortodoxia, que rejeitava a dualidade de pessoas, foi exageradamente enfatizada no chamado “monofisismo” ou “monofisitismo”. Com efeito, Eutiques de Constantinopla, adversário de Nestório e seguidor de S. Cirilo, ultrapassou o seu mestre, ensinando o seguinte: em Cristo, não havia apenas uma só pessoa (um só eu), mas havia também uma só natureza, visto que a natureza divina absorvera a humana. Tal posição suscitou ardente controvérsia, pois se lhe opunham Teodoreto de Ciro, Domno de Antioquia e a próprio Papa Leão I (440-461).

    O Imperador Marciano (450-457) convocou então um Concílio Ecumênico para Éfeso, o qual, iniciado nesta cidade, foi transferido para Calcedônia (junto a Constantinopla); durou de 8 de outubro a novembro de 451. São Leão Magno, Papa, enviou seus legados, assim como uma carta que definia a doutrina ortodoxa: em Cristo há uma só pessoa, mas duas naturezas (a divina e a humana) não confundidas entre si. Tal doutrina foi aclamada pelos padres conciliares, que condenaram Eutiques e a monofisismo aos 25/10/451.

    II concílio de Constantinopla
    Condenação da heresia dos três capítulos

    O II concílio de Constantinopla (V ecumênico), realizado em 553, condenou Orígenes e a heresia dos três capítulos, reafirmando os decretos dos concílios de Nicéia, de Calcedônia e do I concílio de Constantinopla.

    “Três capítulos" é a denominação com que se indica a controvérsia teológica do século VI em torno dos três representantes da escola antioquena (Teodoro de Mopsuéstia, Teodoreto de Ciro e Hiba de Edessa).

    Na tentativa de conciliar-se com os monofisistas que estariam dispostos a entrar em acordo com a igreja do império, Justiniano condenou, em 543 (ou 544), os três representantes da escola, considerando-os adeptos de Nestório. O concílio de Calcedônia de 451, por sua vez, reconhecera a ortodoxia destes. O edito imperial só conseguiu produzir grave insatisfação, sobretudo entre os ocidentais, que a conta gosto foram obrigados a aceitar a condenação. O próprio papa Virgílio encarregou-se de exprimir o anátema contra os três capítulos em 548, numa intervenção por escrito chamada ludicatum; com tudo, o pontífice conseguiu não invalidar os pronunciamentos do concílio de Calcedônia.

    Esse ato do papa Virgílio despertou a reação de parte tão grande do episcopado ocidental que este chegou a excomungar o próprio papa pela sua condescendência com o imperador. Para por fim as dissidências, resolveu-se convocar um concílio, mas, em 551, o próprio Justiniano tomou a iniciativa de promulgar um novo edito de condenação que levou à ruptura entre o papa e o imperador. Quando, em 553, o concílio foi convocado em Constantinopla, sem a presença do papa, procedeu-se novamente à condenação dos três capítulos. Virgílio, por sua vez, promulgou um “constitutum" para contrapor-se ao edito, mas pouco a pouco se deixou condicionar pelo imperador, renovando um segundo "constitutum" a condenação dos três capítulos.

    III Concílio de Constantinopla
    (680/1)

    Foi o "Sexto Concílio Ecumênico", realizado nos anos 680-681, na cidade de Constantinopla, repeliu a heresia monotelita, o monotelismo.

    O monofisitismo, que não se extinguiu após a Concílio de Calcedônia, assumiu nova forma (assaz sutil) chamada monotelitismo. Este ensinava que em Cristo havia uma só vontade (a divina) e um só princípio de atividade ou energia (o divino) - o que redundaria em unidade de natureza ou monofisismo. O protagonista desta tese era a Patriarca Sérgio de Constantinopla, ao qual se opunha Sofrônio de Jerusalém. A disputa suscitou, da parte do Imperador Constantino IV Pogonato (668-685), a convocação de bispos, inclusive legados papais, para Constantinopla; assim teve origem mais um Concílio Ecumênico (7/11/680 a 16/09/681). O monotelitismo foi então condenado e afirmou-se a existência, em Cristo, de duas vontades (a divina e a humana) moralmente unidas entre si, e de dois princípios de atividade.

    fontes:
    Os 21 concilios ecumenicos
    D. Estevão Bettencourt - História da Igreja

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Conc%C3%ADlios_Ecum%C3%A9nicos_Cat%C3%B3licos

    site: universo catolico
    As Heresias Cristológicas Parte 2
    D. ESTEVÃO BETTENCOURT,OSB
    29-Abr-2002

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