A INFLUÊNCIA DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL PARA UMA ADOLESCÊNCIA BEM SUCEDIDA
(Palestra proferida no II Encontro dos Amigos do Portal Escola Dominical)
1. Adolescência: Procurando a identidade social.
- os jovens gostam de se mostrar, de ver e de ser vistos pelos seus semelhantes. Adoram ir a lugares onde nem conseguem entrar.
- a alteração psíquica supervalorizando o relacionamento com os outros adolescentes pode alterar o quadro de valores, e não está ligada a agentes químicos.
- a religiosidade entra em ebulição, adquire força das paixões, a fidelidade da melhor amizade, o fanatismo das torcidas, a adrenalina dos desafios, o prazer da aventura, a intensidade do amor. É a energia gregária na sua máxima vibração. Se veste, fala e age como os membros do grupo. Quanto mais influenciado estiver pela turma, menos aparece o que aprendeu em casa.
Colocar limites nos desejos instintivos é educar.
As regras e disciplinas existem para melhorar a convivência e a qualidade de vida de todos. A liberdade traz implícita a responsabilidade. Tolher vontades inadequadas faz parte da boa educação, que visa à saúde social. A criança desde pequena deve conhecer limites para não ferir, magoar ou prejudicar outras crianças ou pessoas.
... e os filhos são como navios...
A segurança do navio está no porto, mas foram construídos para singrar os mares.
Os filhos sentem segurança, preservação e manutenção nos pais, mas devem ser educados para singrarem os mares da vida com seus riscos, aventuras, terras, culturas e pessoas diferentes, levando e trazendo conhecimentos, fazendo suas paradas, como os pit-stop da fórmula 1.
FELICIDADE não é fazer tudo o que se tem vontade, mas ficar feliz com o que se está fazendo.
2. Ansiedade, solidão e baixa-estima.
Ansiedade – é uma experiência que gera apreensão, medo, receio antecipado.
Causas:
a) pessimismo, negativismo em relação a si mesmo: sofre com a auto-estima baixa, teme
ser rejeitado ou humilhado;
b) ameaças – tais como a reprovação escolar, a separação dos pais, a desconsideração dos amigos, tendem a causar a ansiedade e a insegurança do adolescente;
c) necessidades não supridas;
O LEITE ALIMENTA O CORPO. O AFETO ALIMENTA A ALMA.
Seis necessidades fundamentais no ser humano:
- sobrevivência – necessidade de continuar existindo;
- segurança – física, emocional e econômica;
- sexo - ser sexual;
- significado – sentir-se valorizado;
- auto-realização – atingir um alvo almejado;
- identidade – saber quem a pessoa é e suas potencialidades.
d) incoerência – adultos incoerentes (pais, professores, líderes religiosos) tornam-os confusos, inseguros e ansiosos;
e) falsos conceitos embutidos nos jovens:
. devo me preocupar com os problemas e dificuldades dos outros;
. sempre existe uma solução correta para cada problema. Devo encontrá-la, senão sofrerei conseqüências terríveis;
. a infelicidade é causada por circunstâncias exteriores que preciso controlar;
. devo ser competente e inteiramente apto para me considerar alguém de valor;
. é essencial eu ser aprovado e amado por todas as pessoas de meu círculo de amigos;
. é mais fácil evitar certas dificuldades do que enfrentá-las e resolvê-las;
. os fatos e experiências ocorridos, anteriormente, determinam meu atual comportamento. Não posso alterar a influência do passado sobre mim.
f)críticas legalistas – críticas duras e intransigentes, severidade implacável produzem um sentimento de dolorosa insegurança, auto-estima baixa e intolerância no adolescente reprimido;
g) expectativas irreais – esperar a perfeição do adolescente é desumano, pois sabemos
que perfeito só Deus.
Conseqüências da ansiedade no adolescente:
* vida espiritual: a frustração quanto ao imediatismo desmotiva seu hábito de orar, de meditar na Palavra de Deus e de prestar-lhe culto (indo à igreja) porque passa a desconfiar de Deus.
* comportamento: busca o alívio “dormindo” (álcool, drogas) – negando a realidade de sua ansiedade profunda.
Conselhos desleais e desonestos servem para isolar e afundar ainda mais o adolescente:
- seu problema é de fácil solução, - você precisa orar mais, - você deve ler mais a bíblia, - você precisa confiar em Deus, - é necessário que você confesse seu pecado, - isso é uma oportunidade de você exercitar sua fé.
Receita de sucesso:
• ajude o adolescente admitir que é uma pessoa ansiosa;
• desafie-o a entregar seus medos a Deus;
• encoraje-o a não ficar autocentralizado;
• ore com ele;
• estimule-o a pensar sobre si positivamente;
• elabore um plano de ação:
• ouvir músicas cristãs, * fazer exercícios físicos, * dormir adequadamente, * esforçar-se para resolver por si mesmo os problemas de medo e ansiedade, * conversar com um amigo íntimo, *praticar uma atividade esportiva e ter um hobby que seja agradável, * viver um dia de cada vez – Mt 6:34, * imaginar o que de pior a ansiedade poderia causar e concluir que não é tão ruim assim, *não deixar as coisas para depois, * colocar um limite de tempo à respeito de suas preocupações.
• Mt 6:25-34, Fl 4:6,7, I Pe 5:7, II Co 11:28.
A solidão é o reconhecimento doloroso que inunda a vida de milhões de adolescentes, de que não possuem um relacionamento significativo com outros.
Causas: * o espírito da época, * auto-estima baixa, * relacionamentos familiares inadequados, * medo, * desejo de independência, *circunstâncias e mudanças temporárias, *inabilidade, incapacidade ou indisposição para comunicar-se, * repercussão espiritual, *outras causas (timidez, refjeição, doença física, sentimento de não pertencer, separação física de um ente querido, conflito não resolvido, incompreensão, crítica de alguém a quem admire e que exerça influência sobre ele, morte de um ente querido, desejo de possuir um relacionamento que nunca acontece, hiperatividade)
A primeira dezena de anos de uma criança é o período que se solidifica a amizade, o companheirismo, a confiança, o respeito, a lealdade e o carinho entre pais e filhos.
Conselhos ao conselheiro: Paulo em II Tm 4:9-12, 16ª
• torne-se amigo da pessoa solitária;
• enquanto escuta o solitário, aproveite toda e qualquer chance para afirmar, encorajar e elogiar o adolescente;
• o adolescente precisa entender quais são as causas básicas que o levaram a ser tão só;
• leve-o a conhecer a Jesus;
• desenvolva as disciplinas espirituais em sua vida;
• estude sob o ângulo bíblico um tema pertinente às suas necessidades;
• desafie o adolescente a tomar decisões concretas; (deixar de hibernar, etc)
• incentivá-lo a sair com um amigo(a);
• dar ênfase a importância de um retorno aos alvos estabelecidos.
Auto-estima é um senso de auto-valor, auto-respeito. Não é orgulho, convencimento e vaidade.
“O julgamento que seu filho faz de si mesmo influenciará o tipo de amigos que escolherá, como se relacionará com outras pessoas, o tipo de pessoa com quem se casará e, finalmente, seu grau de produtividade. A auto-estima afetará sua criatividade, integridade e até se ele será um líder ou um liderado. Seus sentimentos de autovalor formarão o centro de sua personalidade e determinarão a utilização de suas aptidões e habilidades. A sua atitude para consigo mesmo está diretamente relacionada a todas as outras esferas da vida. De fato, a auto-estima selará o fracasso ou o sucesso da criança como ser humano”.
Três áreas de conflito: aparência, performance, status.
Três áreas de trabalho para aumentar a auto-estima:
• Pertencer: eu sou aceito;
• Valor: eu sou alguém;
• Competência: eu sou capaz.
Causas da auto-estima baixa no adolescente:* expectativa irreal das pessoas, * pais superprotetores, * abuso, *falta de respeito, *comparações, *rejeição, * pensamentos incorretos, *características físicas.
Conseqüências: atitudes erradas, problemas interpessoais, problemas de intimidade conjugal, problema de limitação nas realizações.
Conselho: autenticidade, procure identificar as causas, ajude o adolescente a compreender o porquê de seus sentimentos de inferioridade, ajude o adolescente a desenvolver declarações positivas, leve-o a ter uma visão de Deus correta – como ele vê o Senhor e como o Senhor o vê.
A AUTO-ESTIMA É A PRINCIPAL BASE PARA ENCONTRAR UM BOM LUGAR NO MUNDO.
3 – Vida escolar, meio ambiente e as mudanças.
O adolescente precisa ter a idéia real da escola: local onde irá usufruir do produto “Educação” e terá um convívio social saudável.
A bagagem de informação se multiplicou . O ser humano é cobrado de maior conhecimento em menor tempo de vida.
Na escola está a sua turma, os adultos que tanto quer agradar. Seu modo de falar, agir , pensar e vestir e seus valores ficam suscetíveis à influência deles.
O meio-ambiente: o adolescente busca a auto-suficiência no próprio ambiente onde ganhou base, onde sua estrutura foi construída – família.
A Igreja exerce grande influência no adolescente quando conquista credibilidade, quando os valores pregados são coerentes com a prática, quando o convívio é saudável, as atividades estimulam o desenvolvimento de seus talentos. A igreja influencia na formação da personalidade do adolescente.
A sociedade deve encontrar no nosso adolescente um cidadão saudável física, psicológica, intelectual, sentimental e espiritualmente bem formado, capaz de influenciar positivamente, ser um agente de mudança no meio que vive.
O adolescente só receberá o conselho se este for precedido de compreensão e solidariedade nas profundas questões de sua vida.
O conselheiro deve apresentar um estilo de vida equilibrada entre realização pessoal, social e espiritual, bem como, sua felicidade deve ser autêntica e demonstrar conhecimento profundo no assunto, para que o adolescente sinta que acatando o conselho obterá sucesso em suas atitudes.
Mudanças:
Físicas: orgânicas (corpo, reprodução), glandulares (pele, espinhas).
Intelectuais: capacidade crescente para pensar no abstrato; reflete o que lhe foi dito; quer investigar e descobrir coisas por si só.
Emotivas: flutua entre a alegria e a tristeza. Tem choques e desapontamentos, busca aventura. Acha o mundo monótono. Começa a admirar as pessoas do sexo oposto e passa a ser mais seletivo gradativamente.
Espirituais: reexamina as convicções herdadas da família e do grupo social. O prazer pelo abstrato o faz receptivo à presença de Jesus, à comunhão com Deus e ao mover do Espírito Santo. Os psicólogos crêem que a idade típica de conversão é pouco antes dos 16 anos.
4 – A interação social: é a troca de experiência no agir, pensar e sentir.
Ex.: um diálogo, um jogo, a leitura de um livro.
A interação social vista pela psicologia se apresenta em:
* Sugestão – interage em idéias;
* Imitação – interage em gestos e atos;
* Simpatia – interage pelos sentimentos.
As formas básicas da interação social são:
• cooperação entre os seres humanos, é a mais nobre;
• competição – luta saudável, serve como combustível para crescer;
• conflito – oposição entre dois pensamentos, duas alternativas, dois competidores, onde deve prevalecer apenas um;
• acomodação – após o conflito o ajuste é feito por: coerção, tolerância ou acordo/compromisso, conciliação;
• assimilação – absorção de valores e atitudes para minimizar diferenças;
acomodação e assimilação – processo social de ajustamento
5 – O que é a Ira do adolescente?
É um meio de comunicação, porém, quanto mais forte for sua exteriorização, menos eficaz será sua mensagem.
É a resposta que dá ao seu mundo;
É a demonstração do conflito familiar que vive;
São as necessidade insatisfeitas de afeição e reconhecimento;
É a demonstração de seu egocentrismo.
A ira pode se apresentar em gritos ou silêncio excessivo.
Conselhos:
. Passe tempo de qualidade com seu filho;
. Faça um inventário do seu relacionamento com ele;
. Deixe seus atos falar mais alto que as suas palavras;
. Espere suas emoções intensas se abrandarem para depois conversarem;
. Enfoque a atenção nas coisas que você pode controlar (sua própria reação emocional);
. Evite uma situação potencialmente explosiva entre vocês.
Sobre a Ira:
. Escute o que ela está falando!
. Ei, alguém percebe as minhas necessidades?
. Estou envergonhado dos erros que cometi. Ainda quer me lançar em rosto?
. Meu mundo está fugindo do meu controle. Preciso de socorro!!!
. Alguém precisa me convencer de que posso tomar decisões.
. Quero aprender tudo sobre a vida já, pra ontem!!
6 – Como ajudá-lo a estabelecer relacionamentos saudáveis
Características da pessoas não confiáveis:
• Não reconhecem as próprias fraquezas “acham que não precisam de nada”
• São religiosas e não espirituais
• Não aceitam críticas construtivas
• São convencidas e não tem humildade
• Pedem desculpa, mas não mudam de comportamento
• Fogem dos problemas em vez de resolvê-los
• Exigem confiança em vez de merecê-la
• Julgam-se perfeitas e não reconhecem as próprias falhas
• Culpam os outros, em vez de assumir as responsabilidades
• Mentem
• São irredutíveis
Relacionamento – é necessário amor e intimidade.
As falsas soluções causam conflitos, mágoas e isolamento.
1 – Fazer o mesmo
A tentativa frustrada de encontrarmos pessoas confiáveis deve no mínimo nos ensinar a não cair no mesmo erro.
2 – Fazer o oposto
*família controladora – amigos impulsivos
*família caótica – amigos rígidos
*família abusiva – amigos permissivos
Apaixonar-se de maneira reativa:
*uma pessoa reservada e calma com uma descontrolada
*uma pessoa isolada com uma totalmente emotiva
*uma pessoa irresponsável com uma extremamente controlada.
3 – Fazer demais
Maria escolheu a boa parte – Lc 10:42
4 – Não fazer nada
II Tm 4:7
5 – Fazer pelos outros
II Co 9:7 – devemos doar, beneficiar com alegria.
Não podemos usar a bem-aventurança do dar por:
nossa própria solidão
• incapacidade de pedirmos consolo às pessoas
• nosso desamparo
• sentimento de “estar por baixo”
6 – Fazer uma cirurgia plática na personalidade
Ef 4:16
• freqüentar eventos
• visitar igrejas
• conviver com pessoas
• praticar esportes
Tudo acima feito por intenções, não por prazer.
7 – Fazer sozinho
Deus fica triste com sua solidão. Sl 16:11 – Deus quer trilhar com você a vereda da vida.
Não assimile os pensamentos:
• não tenho jeito com as pessoas;
• não tenho qualidades;
• não sou muito espiritual;
• estou muito mal para ter relacionamentos;
• não faço nada direito;
• estou exigindo muito.
Muitas vezes nos isolamos quando não queremos mostrar nossas fraquezas, não queremos mostrar a nossa alma, não queremos dar e receber amor, pois, há alegria e tristeza nesse feed-back, não nos sentimos capazes por não valorizarmos o que somos em Cristo.
Devemos procurar relacionamentos saudáveis porque eles nos proporcionam:
• aproximação de Deus
• aproximação das pessoas
• nos ajudam a ser pessoas verdadeiras, autênticas, segundo o propósito de Deus para o nosso ser, fazer e ter desde quando nos criou.
A PARCERIA DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL com a família é fundamental da formação, na transformação e na renovação do caráter cristão, da personalidade saudável, do sucesso na vida do ADOLESCENTE.
NA EBD está a 2ª. chance do adolescente de ser bem encaminhado pelos mares da vida, passar pela transição de forma segura, equilibrada e tranqüila.
É a EBD que o fará segurar as velas de acordo com o vento, firmar a proa frente as tempestades e andar sobre as águas nos momentos em que para sobreviver é preciso fé para atingir o sobrenatural.
Jesus é o porto seguro!
Profa. Rosana Beda Francisco
(Palestra proferida no II Encontro dos Amigos do Portal Escola Dominical)
1. Adolescência: Procurando a identidade social.
- os jovens gostam de se mostrar, de ver e de ser vistos pelos seus semelhantes. Adoram ir a lugares onde nem conseguem entrar.
- a alteração psíquica supervalorizando o relacionamento com os outros adolescentes pode alterar o quadro de valores, e não está ligada a agentes químicos.
- a religiosidade entra em ebulição, adquire força das paixões, a fidelidade da melhor amizade, o fanatismo das torcidas, a adrenalina dos desafios, o prazer da aventura, a intensidade do amor. É a energia gregária na sua máxima vibração. Se veste, fala e age como os membros do grupo. Quanto mais influenciado estiver pela turma, menos aparece o que aprendeu em casa.
Colocar limites nos desejos instintivos é educar.
As regras e disciplinas existem para melhorar a convivência e a qualidade de vida de todos. A liberdade traz implícita a responsabilidade. Tolher vontades inadequadas faz parte da boa educação, que visa à saúde social. A criança desde pequena deve conhecer limites para não ferir, magoar ou prejudicar outras crianças ou pessoas.
... e os filhos são como navios...
A segurança do navio está no porto, mas foram construídos para singrar os mares.
Os filhos sentem segurança, preservação e manutenção nos pais, mas devem ser educados para singrarem os mares da vida com seus riscos, aventuras, terras, culturas e pessoas diferentes, levando e trazendo conhecimentos, fazendo suas paradas, como os pit-stop da fórmula 1.
FELICIDADE não é fazer tudo o que se tem vontade, mas ficar feliz com o que se está fazendo.
2. Ansiedade, solidão e baixa-estima.
Ansiedade – é uma experiência que gera apreensão, medo, receio antecipado.
Causas:
a) pessimismo, negativismo em relação a si mesmo: sofre com a auto-estima baixa, teme
ser rejeitado ou humilhado;
b) ameaças – tais como a reprovação escolar, a separação dos pais, a desconsideração dos amigos, tendem a causar a ansiedade e a insegurança do adolescente;
c) necessidades não supridas;
O LEITE ALIMENTA O CORPO. O AFETO ALIMENTA A ALMA.
Seis necessidades fundamentais no ser humano:
- sobrevivência – necessidade de continuar existindo;
- segurança – física, emocional e econômica;
- sexo - ser sexual;
- significado – sentir-se valorizado;
- auto-realização – atingir um alvo almejado;
- identidade – saber quem a pessoa é e suas potencialidades.
d) incoerência – adultos incoerentes (pais, professores, líderes religiosos) tornam-os confusos, inseguros e ansiosos;
e) falsos conceitos embutidos nos jovens:
. devo me preocupar com os problemas e dificuldades dos outros;
. sempre existe uma solução correta para cada problema. Devo encontrá-la, senão sofrerei conseqüências terríveis;
. a infelicidade é causada por circunstâncias exteriores que preciso controlar;
. devo ser competente e inteiramente apto para me considerar alguém de valor;
. é essencial eu ser aprovado e amado por todas as pessoas de meu círculo de amigos;
. é mais fácil evitar certas dificuldades do que enfrentá-las e resolvê-las;
. os fatos e experiências ocorridos, anteriormente, determinam meu atual comportamento. Não posso alterar a influência do passado sobre mim.
f)críticas legalistas – críticas duras e intransigentes, severidade implacável produzem um sentimento de dolorosa insegurança, auto-estima baixa e intolerância no adolescente reprimido;
g) expectativas irreais – esperar a perfeição do adolescente é desumano, pois sabemos
que perfeito só Deus.
Conseqüências da ansiedade no adolescente:
* vida espiritual: a frustração quanto ao imediatismo desmotiva seu hábito de orar, de meditar na Palavra de Deus e de prestar-lhe culto (indo à igreja) porque passa a desconfiar de Deus.
* comportamento: busca o alívio “dormindo” (álcool, drogas) – negando a realidade de sua ansiedade profunda.
Conselhos desleais e desonestos servem para isolar e afundar ainda mais o adolescente:
- seu problema é de fácil solução, - você precisa orar mais, - você deve ler mais a bíblia, - você precisa confiar em Deus, - é necessário que você confesse seu pecado, - isso é uma oportunidade de você exercitar sua fé.
Receita de sucesso:
• ajude o adolescente admitir que é uma pessoa ansiosa;
• desafie-o a entregar seus medos a Deus;
• encoraje-o a não ficar autocentralizado;
• ore com ele;
• estimule-o a pensar sobre si positivamente;
• elabore um plano de ação:
• ouvir músicas cristãs, * fazer exercícios físicos, * dormir adequadamente, * esforçar-se para resolver por si mesmo os problemas de medo e ansiedade, * conversar com um amigo íntimo, *praticar uma atividade esportiva e ter um hobby que seja agradável, * viver um dia de cada vez – Mt 6:34, * imaginar o que de pior a ansiedade poderia causar e concluir que não é tão ruim assim, *não deixar as coisas para depois, * colocar um limite de tempo à respeito de suas preocupações.
• Mt 6:25-34, Fl 4:6,7, I Pe 5:7, II Co 11:28.
A solidão é o reconhecimento doloroso que inunda a vida de milhões de adolescentes, de que não possuem um relacionamento significativo com outros.
Causas: * o espírito da época, * auto-estima baixa, * relacionamentos familiares inadequados, * medo, * desejo de independência, *circunstâncias e mudanças temporárias, *inabilidade, incapacidade ou indisposição para comunicar-se, * repercussão espiritual, *outras causas (timidez, refjeição, doença física, sentimento de não pertencer, separação física de um ente querido, conflito não resolvido, incompreensão, crítica de alguém a quem admire e que exerça influência sobre ele, morte de um ente querido, desejo de possuir um relacionamento que nunca acontece, hiperatividade)
A primeira dezena de anos de uma criança é o período que se solidifica a amizade, o companheirismo, a confiança, o respeito, a lealdade e o carinho entre pais e filhos.
Conselhos ao conselheiro: Paulo em II Tm 4:9-12, 16ª
• torne-se amigo da pessoa solitária;
• enquanto escuta o solitário, aproveite toda e qualquer chance para afirmar, encorajar e elogiar o adolescente;
• o adolescente precisa entender quais são as causas básicas que o levaram a ser tão só;
• leve-o a conhecer a Jesus;
• desenvolva as disciplinas espirituais em sua vida;
• estude sob o ângulo bíblico um tema pertinente às suas necessidades;
• desafie o adolescente a tomar decisões concretas; (deixar de hibernar, etc)
• incentivá-lo a sair com um amigo(a);
• dar ênfase a importância de um retorno aos alvos estabelecidos.
Auto-estima é um senso de auto-valor, auto-respeito. Não é orgulho, convencimento e vaidade.
“O julgamento que seu filho faz de si mesmo influenciará o tipo de amigos que escolherá, como se relacionará com outras pessoas, o tipo de pessoa com quem se casará e, finalmente, seu grau de produtividade. A auto-estima afetará sua criatividade, integridade e até se ele será um líder ou um liderado. Seus sentimentos de autovalor formarão o centro de sua personalidade e determinarão a utilização de suas aptidões e habilidades. A sua atitude para consigo mesmo está diretamente relacionada a todas as outras esferas da vida. De fato, a auto-estima selará o fracasso ou o sucesso da criança como ser humano”.
Três áreas de conflito: aparência, performance, status.
Três áreas de trabalho para aumentar a auto-estima:
• Pertencer: eu sou aceito;
• Valor: eu sou alguém;
• Competência: eu sou capaz.
Causas da auto-estima baixa no adolescente:* expectativa irreal das pessoas, * pais superprotetores, * abuso, *falta de respeito, *comparações, *rejeição, * pensamentos incorretos, *características físicas.
Conseqüências: atitudes erradas, problemas interpessoais, problemas de intimidade conjugal, problema de limitação nas realizações.
Conselho: autenticidade, procure identificar as causas, ajude o adolescente a compreender o porquê de seus sentimentos de inferioridade, ajude o adolescente a desenvolver declarações positivas, leve-o a ter uma visão de Deus correta – como ele vê o Senhor e como o Senhor o vê.
A AUTO-ESTIMA É A PRINCIPAL BASE PARA ENCONTRAR UM BOM LUGAR NO MUNDO.
3 – Vida escolar, meio ambiente e as mudanças.
O adolescente precisa ter a idéia real da escola: local onde irá usufruir do produto “Educação” e terá um convívio social saudável.
A bagagem de informação se multiplicou . O ser humano é cobrado de maior conhecimento em menor tempo de vida.
Na escola está a sua turma, os adultos que tanto quer agradar. Seu modo de falar, agir , pensar e vestir e seus valores ficam suscetíveis à influência deles.
O meio-ambiente: o adolescente busca a auto-suficiência no próprio ambiente onde ganhou base, onde sua estrutura foi construída – família.
A Igreja exerce grande influência no adolescente quando conquista credibilidade, quando os valores pregados são coerentes com a prática, quando o convívio é saudável, as atividades estimulam o desenvolvimento de seus talentos. A igreja influencia na formação da personalidade do adolescente.
A sociedade deve encontrar no nosso adolescente um cidadão saudável física, psicológica, intelectual, sentimental e espiritualmente bem formado, capaz de influenciar positivamente, ser um agente de mudança no meio que vive.
O adolescente só receberá o conselho se este for precedido de compreensão e solidariedade nas profundas questões de sua vida.
O conselheiro deve apresentar um estilo de vida equilibrada entre realização pessoal, social e espiritual, bem como, sua felicidade deve ser autêntica e demonstrar conhecimento profundo no assunto, para que o adolescente sinta que acatando o conselho obterá sucesso em suas atitudes.
Mudanças:
Físicas: orgânicas (corpo, reprodução), glandulares (pele, espinhas).
Intelectuais: capacidade crescente para pensar no abstrato; reflete o que lhe foi dito; quer investigar e descobrir coisas por si só.
Emotivas: flutua entre a alegria e a tristeza. Tem choques e desapontamentos, busca aventura. Acha o mundo monótono. Começa a admirar as pessoas do sexo oposto e passa a ser mais seletivo gradativamente.
Espirituais: reexamina as convicções herdadas da família e do grupo social. O prazer pelo abstrato o faz receptivo à presença de Jesus, à comunhão com Deus e ao mover do Espírito Santo. Os psicólogos crêem que a idade típica de conversão é pouco antes dos 16 anos.
4 – A interação social: é a troca de experiência no agir, pensar e sentir.
Ex.: um diálogo, um jogo, a leitura de um livro.
A interação social vista pela psicologia se apresenta em:
* Sugestão – interage em idéias;
* Imitação – interage em gestos e atos;
* Simpatia – interage pelos sentimentos.
As formas básicas da interação social são:
• cooperação entre os seres humanos, é a mais nobre;
• competição – luta saudável, serve como combustível para crescer;
• conflito – oposição entre dois pensamentos, duas alternativas, dois competidores, onde deve prevalecer apenas um;
• acomodação – após o conflito o ajuste é feito por: coerção, tolerância ou acordo/compromisso, conciliação;
• assimilação – absorção de valores e atitudes para minimizar diferenças;
acomodação e assimilação – processo social de ajustamento
5 – O que é a Ira do adolescente?
É um meio de comunicação, porém, quanto mais forte for sua exteriorização, menos eficaz será sua mensagem.
É a resposta que dá ao seu mundo;
É a demonstração do conflito familiar que vive;
São as necessidade insatisfeitas de afeição e reconhecimento;
É a demonstração de seu egocentrismo.
A ira pode se apresentar em gritos ou silêncio excessivo.
Conselhos:
. Passe tempo de qualidade com seu filho;
. Faça um inventário do seu relacionamento com ele;
. Deixe seus atos falar mais alto que as suas palavras;
. Espere suas emoções intensas se abrandarem para depois conversarem;
. Enfoque a atenção nas coisas que você pode controlar (sua própria reação emocional);
. Evite uma situação potencialmente explosiva entre vocês.
Sobre a Ira:
. Escute o que ela está falando!
. Ei, alguém percebe as minhas necessidades?
. Estou envergonhado dos erros que cometi. Ainda quer me lançar em rosto?
. Meu mundo está fugindo do meu controle. Preciso de socorro!!!
. Alguém precisa me convencer de que posso tomar decisões.
. Quero aprender tudo sobre a vida já, pra ontem!!
6 – Como ajudá-lo a estabelecer relacionamentos saudáveis
Características da pessoas não confiáveis:
• Não reconhecem as próprias fraquezas “acham que não precisam de nada”
• São religiosas e não espirituais
• Não aceitam críticas construtivas
• São convencidas e não tem humildade
• Pedem desculpa, mas não mudam de comportamento
• Fogem dos problemas em vez de resolvê-los
• Exigem confiança em vez de merecê-la
• Julgam-se perfeitas e não reconhecem as próprias falhas
• Culpam os outros, em vez de assumir as responsabilidades
• Mentem
• São irredutíveis
Relacionamento – é necessário amor e intimidade.
As falsas soluções causam conflitos, mágoas e isolamento.
1 – Fazer o mesmo
A tentativa frustrada de encontrarmos pessoas confiáveis deve no mínimo nos ensinar a não cair no mesmo erro.
2 – Fazer o oposto
*família controladora – amigos impulsivos
*família caótica – amigos rígidos
*família abusiva – amigos permissivos
Apaixonar-se de maneira reativa:
*uma pessoa reservada e calma com uma descontrolada
*uma pessoa isolada com uma totalmente emotiva
*uma pessoa irresponsável com uma extremamente controlada.
3 – Fazer demais
Maria escolheu a boa parte – Lc 10:42
4 – Não fazer nada
II Tm 4:7
5 – Fazer pelos outros
II Co 9:7 – devemos doar, beneficiar com alegria.
Não podemos usar a bem-aventurança do dar por:
nossa própria solidão
• incapacidade de pedirmos consolo às pessoas
• nosso desamparo
• sentimento de “estar por baixo”
6 – Fazer uma cirurgia plática na personalidade
Ef 4:16
• freqüentar eventos
• visitar igrejas
• conviver com pessoas
• praticar esportes
Tudo acima feito por intenções, não por prazer.
7 – Fazer sozinho
Deus fica triste com sua solidão. Sl 16:11 – Deus quer trilhar com você a vereda da vida.
Não assimile os pensamentos:
• não tenho jeito com as pessoas;
• não tenho qualidades;
• não sou muito espiritual;
• estou muito mal para ter relacionamentos;
• não faço nada direito;
• estou exigindo muito.
Muitas vezes nos isolamos quando não queremos mostrar nossas fraquezas, não queremos mostrar a nossa alma, não queremos dar e receber amor, pois, há alegria e tristeza nesse feed-back, não nos sentimos capazes por não valorizarmos o que somos em Cristo.
Devemos procurar relacionamentos saudáveis porque eles nos proporcionam:
• aproximação de Deus
• aproximação das pessoas
• nos ajudam a ser pessoas verdadeiras, autênticas, segundo o propósito de Deus para o nosso ser, fazer e ter desde quando nos criou.
A PARCERIA DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL com a família é fundamental da formação, na transformação e na renovação do caráter cristão, da personalidade saudável, do sucesso na vida do ADOLESCENTE.
NA EBD está a 2ª. chance do adolescente de ser bem encaminhado pelos mares da vida, passar pela transição de forma segura, equilibrada e tranqüila.
É a EBD que o fará segurar as velas de acordo com o vento, firmar a proa frente as tempestades e andar sobre as águas nos momentos em que para sobreviver é preciso fé para atingir o sobrenatural.
Jesus é o porto seguro!
Profa. Rosana Beda Francisco