Comunhão com Deus
Introdução
Este é um assunto ao qual não se pode dedicar simplesmente um ensino acadêmico. Não
se aprende a orar ouvindo pregações - aprende-se orar, orando. E o zelo e constância na oração
não vão nascer a partir de princípios aprendidos, mas do amor que dedicamos a Deus e da
intensidade com que queremos cumprir a sua vontade e realizar a sua obra. Isto é o motor e o
combustível. Os princípios vêem como um leme para direcionar este ímpeto.
É importante para compreender bem este estudo, e a leitura de todas as referências bíblicas
citadas.
Um Chamado à Devoção
Ter comunhão com Deus é diferente de ter a vida de Deus. A vida de Cristo em nós é um
fato (2Co 5.17; Cl 1.27; 3.4). Independe de qualquer esforço nosso e é produzida pelo Espirito
Santo (Rm 8.9-11; Jo 1:13;3:6). A comunhão, por sua vez, é conquistada com diligência e
esforço (1Co 9.23-27) "Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito , e para
isto vigiando com toda perseverança" (Ef 6.18). A Vida É Fruto Do Nascimento - A Comunhão,
Do Relacionamento.
Se qualquer criança começar a espernear e negar que tem um pai , isto não muda o fato: ela
é resultado da vontade e semente do pai (Jo 1:13). Um filho é a extensão da vida dos pais.
Também é assim no mundo espiritual: nascemos de Deus, pela vontade de Deus, da semente
de Deus (Jo 1.12, 13; 3.3-7; Tg 1.18; 1Pd 1.23; 1Jo 3.9). Somos filhos de Deus. Temos a vida
de Deus. Contudo, o nosso conhecimento de Deus no sentido de experimentar a sua "boa,
agradável e perfeita vontade" (1Pd 2.3; Rm 12.1,2), e a nossa capacidade de realizar a sua obra
(Jo 4:34) vão depender diretamente do quanto nos relacionamos com Ele.
Nenhum filho de Deus é mais filho ou menos filho que outro. Mas, certamente irá conhecê-lo
melhor e agradá-lo mais e melhor fará a sua vontade aquele que mais se aproximar d'Ele.
Um homem disse a Deus: "Senhor tu tens filhos prediletos; tens aqueles a quem preferes".
O Senhor lhe respondeu: "Eu não prefiro uns mais que outros; alguns há que me preferem mais
que outros". Esta é a tônica da comunhão. O que vai determinar a minha vida de oração não é o
quanto eu sei sobre oração, mas o quanto eu amo o estar em oração, o quanto eu amo estar na
presença do Pai. "Jesus perguntou a Pedro: amas-me mais do que estes outros? apascenta os
meus cordeiros" (Jo 21.15). O serviço de Pedro estava condicionado ao seu amor a Jesus.
O marido é uma só carne com sua esposa - isso é um fato. Mas, se for privado da presença
da mulher, pouco proveito ele terá desta verdade; só fica a saudade e o vazio. Somos um só
Espírito com o Senhor (1Co 6.17), mas quanto deixamos de usufruir desta verdade só por falta
de relacionamento! O Senhor Jesus ama e preza a companhia de sua santa noiva. "Ele cobiça a
sua formosura" (Sl 45.1,2,10,11). As Escrituras dizem que a oração do justo é o contentamento
do Senhor (Pv 15.8). Ele ama a nossa presença e a deseja. Ousaremos amar e desejar menos
a sua?
O salmista amava Jerusalém a ponto de preferi-la à sua maior alegria (Sl 137.5,6).Por que?
Porque lá estava a casa de Deus - o Tabernáculo. E no Tabernáculo, a Arca da Aliança -
presença e glória de Deus. (Sl 122; Sl 84.1-4,10). Como precisamos aprender esta lição: buscar
sempre a Sua presença (Sl 27.8). Não apenas nas dificuldades e angustias (Is 26.16) mas, por
reconhecimento e prazer (Is 26.8-9).
Uma Queixa de Deus: Ml 1.6, 8, 10, 13 x Rm 12.1, 2
Deus sentia-se desonrado quando lhe ofereciam o "resto" ao invés das primícias. Ele nos
deu o que tinha de melhor: deu-se a Si mesmo em Cristo (2Co 5.19,21). Hoje não temos mais
sacrifícios a oferecer, a não ser o nosso próprio corpo em "sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus". Ofereçamos a Ele o melhor do nosso tempo e o melhor do nosso descanso. Nossas
primícias(Ml 1.13).
Joseph Alleine, pastor do século XVII, tornou-se notório entre os seus contemporâneos pelo
seu fervoroso amor a Deus e intensa compaixão pelos perdidos. Ele levantava-se, regularmente,
para orar às 4:00 hs da manhã. Ficava muito magoado se ouvisse algum ferreiro, sapateiro ou
negociante fazendo seus trabalhos antes que ele pudesse estar em oração diante do Senhor,
então dizia: "Como este barulho me envergonha! Meu Senhor não merece mais do que o
deles"? Era assim também com Davi: "De manhã, Senhor , ouves a minha voz;" (Sl 5.1-3). Davi
tinha o seu prazer e "relax" na comunhão com Deus: "Nos muitos cuidados que dentro em mim
se multiplicam, as tuas consolações Recreiam a minha alma" (Sl 94.19). Quão melhor recreio
são as consolações do Senhor do que a TV!
Desenvolvendo a Comunhão
Qual a base para a comunhão e oração?
1- O sangue do Cordeiro (Hb 10.l9-23; 1Jo 2.1,2; Ef 1.7; 2.13).
2- As promessas do Senhor (2Co 2.19, 20; 2Pe 1.3-4).
3- A vontade do Senhor (1Jo 5.14-15).
Qual o Motivo da Oração? 1Jo 5.14
O cumprimento de Sua vontade. Deus revela a sua vontade ao homem. O homem ora a
Deus. Deus responde a oração do homem e cumpre a Sua vontade. Isto fica muito claro no
episódio do bezerro de ouro no êxodo de Israel (Ex 32.1-28). Deus viu toda a abominação
praticada pelos filhos de Israel, e sua justiça exigia que fossem exterminados (Ez 18.4; Ex
32.38). Deus, contudo, queria preservá-los mas precisava de um intercessor (Ez 22.30). Então
Ele levanta Moisés (Ex 32.7-10) enquanto este ainda não havia presenciado o quadro terrível e
podia então interceder (Ex 32.11-14). Deus sabia que Moisés não conseguiria interceder após
ver a transgressão do povo (Ex 32.19,25-28).. Deus não pode fazer muito sem intercessão. A
intercessão é o eco do querer de Deus (Is 59.16; 62.6-7; 64.7). O que intercede deve estar
plenamente identificado com Deus. Ele deve estar pronto para ser a resposta da oração e,
disposto ao sacrifício (Ex 32.32; Rm 9.1-3; 1Jo 3.16).
Os interesses do Senhor estão acima de nossas necessidades ou caprichos. Samuel,
mesmo rejeitado pelo povo, não ficou com melindres. Buscou agradar a Deus e considerou
como pecado deixar de orar pelo povo (1Sm 8.6-7;12.22-23). Jesus orou até ao sangue para que
se cumprisse a vontade do Pai e não a sua (Lc 22.41-44).
Qual Deve Ser a Freqüência da Oração? 1Ts 5.2-7
A oração deve ser contínua. Além de um prazer é um dever (Lc 18.1). Paulo achava tempo
para orar por muitas pessoas e igrejas em todas as suas orações (Rm 1.9-10; Fp 1.3-4; 1Ts
3.10; 2Tm 1.3). "Orai sem cessar". Esta era a prática de Paulo. Veja ainda: Ef 1.16; Cl 1.9; 1Ts
1.2-3; Fm 4. "Com toda oração e súplica, orando em todo o tempo no Espírito e para isto
vigiando com toda perseverança" (Ef 6.18).
Pelo o que Orar:
1- Pelo progresso do Reino de Deus: Mt 6.10:
Estratégia (Lc 6.12-13);
Propagação do evangelho: (Ef 6.17-19; Cl 4.2-4).
2- Por revelação: Ef 1.15-21; 3.14-21; Fp 1.9-11; Cl 1.9-12; Dn 10.1-3, 14.
3- Por santidade: 1Ts 3.12-13; Jo 17.17.
4- Livramento de tentações: Mt 6.13; Lc 22.31-32.
5- Autoridades: 1Tm 2.1-4.
6- Todos os homens: 1Tm 2.1.
7- Livramento de perigos: At. 12.5; Ed 8.23; Es 4.15-16.
8- Tudo o que nos perturba: 1Pe 5.7; Fp 4.6-7:
9- Pelos líderes: Ef 6.19; Hb 13.17-19.
Como Orar:
1- Com fé: Tg 1.6-7; Hb 11.6 (ver letra A, item 3).
2- Determinação e perseverança: Mt 7.7-11; Lc 18.1-8.
3- Descansando no cuidado de Deus: Mt 6.25-34;10.28-31.
4- Não dependendo de sentimentos: 1Co 1.8-11; Fp 4.11-13.
5- Com boa consciência: 1Tm 1.19; 2.8.
6- Em secreto: Mt 6.5-15.
7- Em grupos.
Onde Orar: 1Tm 2.8
Em todo lugar. Há lugares mais próprios e lugares menos próprios, mas não há nenhum
lugar que impossibilite a oração (1Ts 5.17; Ef 5.19-20).
As Ciladas do Diabo: 2Co 2.11
Todos dizem que o diabo tenta impedir uma vida constante de oração, e é verdade. Como
ele age? Produzindo desânimo, roubando o senso de necessidade e urgência, invertendo as
prioridades, criando muitas atividades, etc. Além disso cria empecilhos externos como
doenças, acidentes, problemas, aborrecimentos etc; (1Ts 2.18). Temos que removê-lo do nosso
caminho perseverando em oração (Dn 10.12-14).
Jesus o Nosso Exemplo
Devemos buscar ser parecidos com Jesus também na oração (1Jo 2.6). Jesus não ensinou
muito sobre a oração, ensinou a orar com o seu exemplo. Os discípulos foram tremendamente
impactados com a vida de oração de Jesus. E, de tal modo isto os marcou, que quando no
futuro, as atividades administrativas da igreja aumentaram, os apóstolos estabeleceram
diáconos para que eles estivessem livres para o trabalho principal: dedicar-se a oração (At .6.4).
Não aprenderam isto só com o "Pai Nosso", mas sim com o que viram "Em verdade vos digo
que o Filho nada pode fazer de si mesmo, se não somente aquilo que vir fazer o Pai", (Jo 5.19).
Temos filhos a nos observar.
Exemplos de oração na vida de Jesus:
1- Buscando orientação para o seu ministério: Mc 1.35-39;
2- A escolha estratégica dos doze: Lc 6.12-13;
3- Oração como algo comum na sua vida: Mt 14.22.25.
Em Atos 10.38 diz que Jesus foi ungido com o Espírito Santo e poder. No seu ministério, vemos
como pela oração, Ele desenvolveu e dinamizou esta unção.
Qual o Fruto da Oração?
1- Temor a Deus: Is 11.1-2;
2- Espírito quebrantado: 2Cr 7:14-15; Is 57.15;
3- Conhecimento de Deus: Is 6.1-4;
4- Conhecimento do nosso próprio coração: Is 6.5-7;
5- Ações de graça e tranqüilidade: Fp 4.6-7;
6- Linguagem sadia;
7- Serviço;
8- Intrepidez e poder: At 4.31
9- Dons: 1Co 12.31.
Conclusão
Na verdade, "pouco é necessário, ou mesmo uma só coisa": estar aos pés do Senhor, (Lc
10.38-42).
"Ora, o Senhor conduza os vossos corações ao amor de Deus e à constância de Cristo",
2Ts 3.5.
Introdução
Este é um assunto ao qual não se pode dedicar simplesmente um ensino acadêmico. Não
se aprende a orar ouvindo pregações - aprende-se orar, orando. E o zelo e constância na oração
não vão nascer a partir de princípios aprendidos, mas do amor que dedicamos a Deus e da
intensidade com que queremos cumprir a sua vontade e realizar a sua obra. Isto é o motor e o
combustível. Os princípios vêem como um leme para direcionar este ímpeto.
É importante para compreender bem este estudo, e a leitura de todas as referências bíblicas
citadas.
Um Chamado à Devoção
Ter comunhão com Deus é diferente de ter a vida de Deus. A vida de Cristo em nós é um
fato (2Co 5.17; Cl 1.27; 3.4). Independe de qualquer esforço nosso e é produzida pelo Espirito
Santo (Rm 8.9-11; Jo 1:13;3:6). A comunhão, por sua vez, é conquistada com diligência e
esforço (1Co 9.23-27) "Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito , e para
isto vigiando com toda perseverança" (Ef 6.18). A Vida É Fruto Do Nascimento - A Comunhão,
Do Relacionamento.
Se qualquer criança começar a espernear e negar que tem um pai , isto não muda o fato: ela
é resultado da vontade e semente do pai (Jo 1:13). Um filho é a extensão da vida dos pais.
Também é assim no mundo espiritual: nascemos de Deus, pela vontade de Deus, da semente
de Deus (Jo 1.12, 13; 3.3-7; Tg 1.18; 1Pd 1.23; 1Jo 3.9). Somos filhos de Deus. Temos a vida
de Deus. Contudo, o nosso conhecimento de Deus no sentido de experimentar a sua "boa,
agradável e perfeita vontade" (1Pd 2.3; Rm 12.1,2), e a nossa capacidade de realizar a sua obra
(Jo 4:34) vão depender diretamente do quanto nos relacionamos com Ele.
Nenhum filho de Deus é mais filho ou menos filho que outro. Mas, certamente irá conhecê-lo
melhor e agradá-lo mais e melhor fará a sua vontade aquele que mais se aproximar d'Ele.
Um homem disse a Deus: "Senhor tu tens filhos prediletos; tens aqueles a quem preferes".
O Senhor lhe respondeu: "Eu não prefiro uns mais que outros; alguns há que me preferem mais
que outros". Esta é a tônica da comunhão. O que vai determinar a minha vida de oração não é o
quanto eu sei sobre oração, mas o quanto eu amo o estar em oração, o quanto eu amo estar na
presença do Pai. "Jesus perguntou a Pedro: amas-me mais do que estes outros? apascenta os
meus cordeiros" (Jo 21.15). O serviço de Pedro estava condicionado ao seu amor a Jesus.
O marido é uma só carne com sua esposa - isso é um fato. Mas, se for privado da presença
da mulher, pouco proveito ele terá desta verdade; só fica a saudade e o vazio. Somos um só
Espírito com o Senhor (1Co 6.17), mas quanto deixamos de usufruir desta verdade só por falta
de relacionamento! O Senhor Jesus ama e preza a companhia de sua santa noiva. "Ele cobiça a
sua formosura" (Sl 45.1,2,10,11). As Escrituras dizem que a oração do justo é o contentamento
do Senhor (Pv 15.8). Ele ama a nossa presença e a deseja. Ousaremos amar e desejar menos
a sua?
O salmista amava Jerusalém a ponto de preferi-la à sua maior alegria (Sl 137.5,6).Por que?
Porque lá estava a casa de Deus - o Tabernáculo. E no Tabernáculo, a Arca da Aliança -
presença e glória de Deus. (Sl 122; Sl 84.1-4,10). Como precisamos aprender esta lição: buscar
sempre a Sua presença (Sl 27.8). Não apenas nas dificuldades e angustias (Is 26.16) mas, por
reconhecimento e prazer (Is 26.8-9).
Uma Queixa de Deus: Ml 1.6, 8, 10, 13 x Rm 12.1, 2
Deus sentia-se desonrado quando lhe ofereciam o "resto" ao invés das primícias. Ele nos
deu o que tinha de melhor: deu-se a Si mesmo em Cristo (2Co 5.19,21). Hoje não temos mais
sacrifícios a oferecer, a não ser o nosso próprio corpo em "sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus". Ofereçamos a Ele o melhor do nosso tempo e o melhor do nosso descanso. Nossas
primícias(Ml 1.13).
Joseph Alleine, pastor do século XVII, tornou-se notório entre os seus contemporâneos pelo
seu fervoroso amor a Deus e intensa compaixão pelos perdidos. Ele levantava-se, regularmente,
para orar às 4:00 hs da manhã. Ficava muito magoado se ouvisse algum ferreiro, sapateiro ou
negociante fazendo seus trabalhos antes que ele pudesse estar em oração diante do Senhor,
então dizia: "Como este barulho me envergonha! Meu Senhor não merece mais do que o
deles"? Era assim também com Davi: "De manhã, Senhor , ouves a minha voz;" (Sl 5.1-3). Davi
tinha o seu prazer e "relax" na comunhão com Deus: "Nos muitos cuidados que dentro em mim
se multiplicam, as tuas consolações Recreiam a minha alma" (Sl 94.19). Quão melhor recreio
são as consolações do Senhor do que a TV!
Desenvolvendo a Comunhão
Qual a base para a comunhão e oração?
1- O sangue do Cordeiro (Hb 10.l9-23; 1Jo 2.1,2; Ef 1.7; 2.13).
2- As promessas do Senhor (2Co 2.19, 20; 2Pe 1.3-4).
3- A vontade do Senhor (1Jo 5.14-15).
Qual o Motivo da Oração? 1Jo 5.14
O cumprimento de Sua vontade. Deus revela a sua vontade ao homem. O homem ora a
Deus. Deus responde a oração do homem e cumpre a Sua vontade. Isto fica muito claro no
episódio do bezerro de ouro no êxodo de Israel (Ex 32.1-28). Deus viu toda a abominação
praticada pelos filhos de Israel, e sua justiça exigia que fossem exterminados (Ez 18.4; Ex
32.38). Deus, contudo, queria preservá-los mas precisava de um intercessor (Ez 22.30). Então
Ele levanta Moisés (Ex 32.7-10) enquanto este ainda não havia presenciado o quadro terrível e
podia então interceder (Ex 32.11-14). Deus sabia que Moisés não conseguiria interceder após
ver a transgressão do povo (Ex 32.19,25-28).. Deus não pode fazer muito sem intercessão. A
intercessão é o eco do querer de Deus (Is 59.16; 62.6-7; 64.7). O que intercede deve estar
plenamente identificado com Deus. Ele deve estar pronto para ser a resposta da oração e,
disposto ao sacrifício (Ex 32.32; Rm 9.1-3; 1Jo 3.16).
Os interesses do Senhor estão acima de nossas necessidades ou caprichos. Samuel,
mesmo rejeitado pelo povo, não ficou com melindres. Buscou agradar a Deus e considerou
como pecado deixar de orar pelo povo (1Sm 8.6-7;12.22-23). Jesus orou até ao sangue para que
se cumprisse a vontade do Pai e não a sua (Lc 22.41-44).
Qual Deve Ser a Freqüência da Oração? 1Ts 5.2-7
A oração deve ser contínua. Além de um prazer é um dever (Lc 18.1). Paulo achava tempo
para orar por muitas pessoas e igrejas em todas as suas orações (Rm 1.9-10; Fp 1.3-4; 1Ts
3.10; 2Tm 1.3). "Orai sem cessar". Esta era a prática de Paulo. Veja ainda: Ef 1.16; Cl 1.9; 1Ts
1.2-3; Fm 4. "Com toda oração e súplica, orando em todo o tempo no Espírito e para isto
vigiando com toda perseverança" (Ef 6.18).
Pelo o que Orar:
1- Pelo progresso do Reino de Deus: Mt 6.10:
Estratégia (Lc 6.12-13);
Propagação do evangelho: (Ef 6.17-19; Cl 4.2-4).
2- Por revelação: Ef 1.15-21; 3.14-21; Fp 1.9-11; Cl 1.9-12; Dn 10.1-3, 14.
3- Por santidade: 1Ts 3.12-13; Jo 17.17.
4- Livramento de tentações: Mt 6.13; Lc 22.31-32.
5- Autoridades: 1Tm 2.1-4.
6- Todos os homens: 1Tm 2.1.
7- Livramento de perigos: At. 12.5; Ed 8.23; Es 4.15-16.
8- Tudo o que nos perturba: 1Pe 5.7; Fp 4.6-7:
9- Pelos líderes: Ef 6.19; Hb 13.17-19.
Como Orar:
1- Com fé: Tg 1.6-7; Hb 11.6 (ver letra A, item 3).
2- Determinação e perseverança: Mt 7.7-11; Lc 18.1-8.
3- Descansando no cuidado de Deus: Mt 6.25-34;10.28-31.
4- Não dependendo de sentimentos: 1Co 1.8-11; Fp 4.11-13.
5- Com boa consciência: 1Tm 1.19; 2.8.
6- Em secreto: Mt 6.5-15.
7- Em grupos.
Onde Orar: 1Tm 2.8
Em todo lugar. Há lugares mais próprios e lugares menos próprios, mas não há nenhum
lugar que impossibilite a oração (1Ts 5.17; Ef 5.19-20).
As Ciladas do Diabo: 2Co 2.11
Todos dizem que o diabo tenta impedir uma vida constante de oração, e é verdade. Como
ele age? Produzindo desânimo, roubando o senso de necessidade e urgência, invertendo as
prioridades, criando muitas atividades, etc. Além disso cria empecilhos externos como
doenças, acidentes, problemas, aborrecimentos etc; (1Ts 2.18). Temos que removê-lo do nosso
caminho perseverando em oração (Dn 10.12-14).
Jesus o Nosso Exemplo
Devemos buscar ser parecidos com Jesus também na oração (1Jo 2.6). Jesus não ensinou
muito sobre a oração, ensinou a orar com o seu exemplo. Os discípulos foram tremendamente
impactados com a vida de oração de Jesus. E, de tal modo isto os marcou, que quando no
futuro, as atividades administrativas da igreja aumentaram, os apóstolos estabeleceram
diáconos para que eles estivessem livres para o trabalho principal: dedicar-se a oração (At .6.4).
Não aprenderam isto só com o "Pai Nosso", mas sim com o que viram "Em verdade vos digo
que o Filho nada pode fazer de si mesmo, se não somente aquilo que vir fazer o Pai", (Jo 5.19).
Temos filhos a nos observar.
Exemplos de oração na vida de Jesus:
1- Buscando orientação para o seu ministério: Mc 1.35-39;
2- A escolha estratégica dos doze: Lc 6.12-13;
3- Oração como algo comum na sua vida: Mt 14.22.25.
Em Atos 10.38 diz que Jesus foi ungido com o Espírito Santo e poder. No seu ministério, vemos
como pela oração, Ele desenvolveu e dinamizou esta unção.
Qual o Fruto da Oração?
1- Temor a Deus: Is 11.1-2;
2- Espírito quebrantado: 2Cr 7:14-15; Is 57.15;
3- Conhecimento de Deus: Is 6.1-4;
4- Conhecimento do nosso próprio coração: Is 6.5-7;
5- Ações de graça e tranqüilidade: Fp 4.6-7;
6- Linguagem sadia;
7- Serviço;
8- Intrepidez e poder: At 4.31
9- Dons: 1Co 12.31.
Conclusão
Na verdade, "pouco é necessário, ou mesmo uma só coisa": estar aos pés do Senhor, (Lc
10.38-42).
"Ora, o Senhor conduza os vossos corações ao amor de Deus e à constância de Cristo",
2Ts 3.5.