INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo trazer ao conhecimento de todos a origem dos Saduceus, sua doutrina e suas atividades. Pretendemos fornecer informações essenciais, que possam ajudá-los compreender melhor sobre esta seita.
Para esta seita ou partido político é difícil determina a origem. Sabemos que existiu nos últimos dois séculos do segundo templo. O nome parece proceder de Sadoc, hierarca da família sacerdotal dos filhos de Sadoc, que segundo o programa ideal da construção de Ezequiel, devia ser a única família a exercer o sacerdócio na nova Judéia. Sua doutrina é quase desconhecida não havendo ficado nada de seus escritos. Com muita probabilidade, e ainda que oferecendo resistência a tradição farisaica, possuíram uma doutrina relativa a interpretação e à aplicação do Pentateuco. Os Saduceus eram compostos de um grupo reduzido de homens educados, ricos e de boa posição social.
Saduceus
Sua origem
Nome de um partido oposto à seita dos fariseus. Compunha-se de um número comparativamente reduzido de homens educados, ricos e de boa posição social. A julgar pela sua ortografia, a palavra saduceu deriva-se de Zadoque, que em grego se escrevia Sadouk. Dizem os rabinos que o partido tirou o nome de Zadok, seu fundador, que viveu pelo ano 300 A. C. Porém, compondo-se este partido de elementos da alta aristocracia sacerdotal, crê-se geralmente que o nome Zadoque se refere ao sacerdote de igual nome que oficiava no reinado de Davi (1 Rs 1.8) e de Salomão (1 Cr 29.22), e em cuja família se perpetuou a linha sacerdotal até a confusão política na época dos Macabeus. Os descendentes deste Zadoque tinham o nome de zadoquitas ou saduceus.
Os Saduceus formavam um partido judaico, que se acha mencionado aproximadamente quatorze vezes no N.T., porem não aparece no livro de João ou nas epístolas. Eles desempenharam um papel importante na história religiosa daquele tempo. Durante mais de um século antes do nascimento de Jesus Cristo constituíam um importante partido nacional, e pelo tempo do N.T. todos os sumos sacerdotes eram saduceus.
A sua atitude para com o Divino Mestre parece ser bastante natural, visto que, sendo eles um partido aristocrático, estavam em íntimas relações com o sacerdócio. os ensinamentos de Jesus eram um ataque direto à sua posição. Não é, pois, para admirar que ficassem indignados quando Jesus purificou o templo (Mt 21.12), e quando aceitou o título de ‘Filho de Davi’ (Mt 21.15). E o seu forte desejo de suprimir Jesus era igual ao dos fariseus (Lc 19.47) - e também como estes, procuraram criar dificuldades a Jesus, fazendo-lhe perguntas astutas (Mt 22.23). Logo no princípio do Seu ministério, Jesus publicamente os censurou (Mt 3.7), e disse aos Seus discípulos que se acautelassem do fermento deles (Mt 16.6, 11,12).
Sua doutrina
Em oposição aos fariseus, os saduceus limitavam o seu credo às doutrinas que encontravam no texto sagrado. Sustentavam que só a palavra da lei escrita os obrigava, defendiam o direito do juizo privado na interpretação da lei; cingiam-se à letra das escrituras mesmo nos casos mais severos da administração da justiça. Distinguiam-se dos fariseus nos seguintes pontos:
(1) Negavam a ressurreição e juízo futuro, afirmavam que a alma morre com o corpo Mt 22. 23-33; At 23. 8;
(2) Negavam a existência dos anjos e dos espíritos, At 23. 8;
(3) Negavam o fatalismo em defesa do livre arbítrio, ensinando que todas as nossas ações estão sujeitas ao poder da vontade, de modo que nós somos a causa dos atos bons; que os males que sofremos resultam de nossa própria insensatez, e que Deus não intervém nos atos de nossa vida, quer sejam bons, quer não. Negavam a imortalidade e a ressurreição, baseando-se na ausência destas doutrinas na lei mosaica, não defendiam a fé patriarcal na existência do sheol, não só por não se achar bem defendida, como por não conter os germes das doutrinas bíblicas acerca da ressurreição do corpo e das recompensas futuras.
Suas doutrinas são quase desconhecidas, não havendo ficado nada de seus escritos. Com muita probabilidade, ainda que rechaçando a tradição farisaica, possuíram uma doutrina relativa à interpretação e à aplicação da lei bíblica. O único que nos oferece alguns dados sobre suas doutrinas é Flávio Josefo que, por ser fariseu e por haver escrito para o público greco-romano, não é digno de muita confiança.
Parece provável que as divergências entre saduceus e fariseus foram mais que dogmáticas, foram jurídicas e rituais. Com a queda de Jerusalém, a seita dos saduceus extinguiu-se. Ficaram porém suas marcas em todas as tendências anti-rabínicas dos primeiros séculos (D.C.) e da época medieval
Suas atividades
Os Saduceus eram geralmente os homens de confiança do império romano na manutenção da ordem e dos interesses romanos na Judéia e, em troca, o poderio romano os mantinha no seu status social, econômico, político e religioso. Assim, eles estariam entre os primeiros e mais tenazes combatentes de toda e qualquer ameaça, real ou insinuada, à soberania romana na região. É sob esta luz que João 11, apresenta os planos do Sinédrio de eliminar Jesus (Yeshua) - "se o deixarmos assim", disseram, "todos crerão nele; depois, virão os romanos e tomarão não só o nosso lugar, mas a própria nação" (Jo 11:48). No julgamento de Jesus (Yeshua'), eles eram os principais promotores e se apressaram a entregá-lo a Pilatos, exigindo sua condenação, pressionando e clamando: "Se soltas a este, não és amigo de César! Todo aquele que se faz rei é contra César!", e ainda "Não temos rei, senão César!" (Jo 19:12 e 15).
Conclusão
Após varias pesquisas sobre os fariseus, observamos que eles desempenharam um papel importante na história religiosa daquele tempo. Eles se perderam espiritualmente, por darem mais valor as riquezas, as altas posições sociais tornando-se uma classe privilegiada na sociedade. Em quanto, pessoas de um mesmo credo religioso se dividem por pensarem diferentes, vimos aqui os Saduceus, mesmo divergindo-se dos fariseus, pois eles, mesmo não se suportando, uniram sua forças para matar Jesus Cristo.
GLOSSÁRIO
Hierarca [Do lat. med. hierarcha (< gr. hierárches).]
S. m.
• Autoridade superior em matérias eclesiásticas.
Aristocracia-[Do gr. aristokratía.]
S. f.
• Tipo de organização social e política em que o governo é monopolizado por um número reduzido de pessoas privilegiadas não raro por herança.
Suprimir-[Do lat. supprimere.]
V. t. d.
• Cassar, anular, abolir:
Credo-[Do lat. credu.]
S. m.
• Preceitos ou normas por que se rege uma pessoa, um partido, uma seita, etc.
Fatalismo-[De fatal + -ismo.]
S. m.
• Filos. Atitude ou doutrina que admite que o curso dos acontecimentos está previamente fixado, nada podendo alterá-lo. [Cf. determinismo.]
Rechaçando-[Do fr. ant. e médio rechacier, 'repelir', atual rechasser.]
V. t. d.
• Oferecer resistência a; opor-se a; resistir.
Dogmáticas-[Do lat. dogmaticu.]
Adj.
• Fig. Autoritário; sentencioso.
Sinédrio-[Do gr. synédrion, 'assembléia reunida em sessão', pelo lat. tard. synedriu.]
S. m.
• Entre os antigos judeus, tribunal, em Jerusalém, formado por sacerdotes, anciãos e escribas, o qual julgava as questões criminais ou administrativas referentes a uma tribo ou a uma cidade, os crimes políticos importantes, etc.
Fontes
1. Dicionário bíblico (Bíblia online.net);
2. Wikpédia (A ENCICLOPEDIA LIVRE);
3. www.tryte.com.br/judaismo;
4. www.vivos.com.br/234.htm (vivo o site da fé cristã);
5. www.bneitsion.cjb.net;
6. Dicionário Aurélio.
Este trabalho tem como objetivo trazer ao conhecimento de todos a origem dos Saduceus, sua doutrina e suas atividades. Pretendemos fornecer informações essenciais, que possam ajudá-los compreender melhor sobre esta seita.
Para esta seita ou partido político é difícil determina a origem. Sabemos que existiu nos últimos dois séculos do segundo templo. O nome parece proceder de Sadoc, hierarca da família sacerdotal dos filhos de Sadoc, que segundo o programa ideal da construção de Ezequiel, devia ser a única família a exercer o sacerdócio na nova Judéia. Sua doutrina é quase desconhecida não havendo ficado nada de seus escritos. Com muita probabilidade, e ainda que oferecendo resistência a tradição farisaica, possuíram uma doutrina relativa a interpretação e à aplicação do Pentateuco. Os Saduceus eram compostos de um grupo reduzido de homens educados, ricos e de boa posição social.
Saduceus
Sua origem
Nome de um partido oposto à seita dos fariseus. Compunha-se de um número comparativamente reduzido de homens educados, ricos e de boa posição social. A julgar pela sua ortografia, a palavra saduceu deriva-se de Zadoque, que em grego se escrevia Sadouk. Dizem os rabinos que o partido tirou o nome de Zadok, seu fundador, que viveu pelo ano 300 A. C. Porém, compondo-se este partido de elementos da alta aristocracia sacerdotal, crê-se geralmente que o nome Zadoque se refere ao sacerdote de igual nome que oficiava no reinado de Davi (1 Rs 1.8) e de Salomão (1 Cr 29.22), e em cuja família se perpetuou a linha sacerdotal até a confusão política na época dos Macabeus. Os descendentes deste Zadoque tinham o nome de zadoquitas ou saduceus.
Os Saduceus formavam um partido judaico, que se acha mencionado aproximadamente quatorze vezes no N.T., porem não aparece no livro de João ou nas epístolas. Eles desempenharam um papel importante na história religiosa daquele tempo. Durante mais de um século antes do nascimento de Jesus Cristo constituíam um importante partido nacional, e pelo tempo do N.T. todos os sumos sacerdotes eram saduceus.
A sua atitude para com o Divino Mestre parece ser bastante natural, visto que, sendo eles um partido aristocrático, estavam em íntimas relações com o sacerdócio. os ensinamentos de Jesus eram um ataque direto à sua posição. Não é, pois, para admirar que ficassem indignados quando Jesus purificou o templo (Mt 21.12), e quando aceitou o título de ‘Filho de Davi’ (Mt 21.15). E o seu forte desejo de suprimir Jesus era igual ao dos fariseus (Lc 19.47) - e também como estes, procuraram criar dificuldades a Jesus, fazendo-lhe perguntas astutas (Mt 22.23). Logo no princípio do Seu ministério, Jesus publicamente os censurou (Mt 3.7), e disse aos Seus discípulos que se acautelassem do fermento deles (Mt 16.6, 11,12).
Sua doutrina
Em oposição aos fariseus, os saduceus limitavam o seu credo às doutrinas que encontravam no texto sagrado. Sustentavam que só a palavra da lei escrita os obrigava, defendiam o direito do juizo privado na interpretação da lei; cingiam-se à letra das escrituras mesmo nos casos mais severos da administração da justiça. Distinguiam-se dos fariseus nos seguintes pontos:
(1) Negavam a ressurreição e juízo futuro, afirmavam que a alma morre com o corpo Mt 22. 23-33; At 23. 8;
(2) Negavam a existência dos anjos e dos espíritos, At 23. 8;
(3) Negavam o fatalismo em defesa do livre arbítrio, ensinando que todas as nossas ações estão sujeitas ao poder da vontade, de modo que nós somos a causa dos atos bons; que os males que sofremos resultam de nossa própria insensatez, e que Deus não intervém nos atos de nossa vida, quer sejam bons, quer não. Negavam a imortalidade e a ressurreição, baseando-se na ausência destas doutrinas na lei mosaica, não defendiam a fé patriarcal na existência do sheol, não só por não se achar bem defendida, como por não conter os germes das doutrinas bíblicas acerca da ressurreição do corpo e das recompensas futuras.
Suas doutrinas são quase desconhecidas, não havendo ficado nada de seus escritos. Com muita probabilidade, ainda que rechaçando a tradição farisaica, possuíram uma doutrina relativa à interpretação e à aplicação da lei bíblica. O único que nos oferece alguns dados sobre suas doutrinas é Flávio Josefo que, por ser fariseu e por haver escrito para o público greco-romano, não é digno de muita confiança.
Parece provável que as divergências entre saduceus e fariseus foram mais que dogmáticas, foram jurídicas e rituais. Com a queda de Jerusalém, a seita dos saduceus extinguiu-se. Ficaram porém suas marcas em todas as tendências anti-rabínicas dos primeiros séculos (D.C.) e da época medieval
Suas atividades
Os Saduceus eram geralmente os homens de confiança do império romano na manutenção da ordem e dos interesses romanos na Judéia e, em troca, o poderio romano os mantinha no seu status social, econômico, político e religioso. Assim, eles estariam entre os primeiros e mais tenazes combatentes de toda e qualquer ameaça, real ou insinuada, à soberania romana na região. É sob esta luz que João 11, apresenta os planos do Sinédrio de eliminar Jesus (Yeshua) - "se o deixarmos assim", disseram, "todos crerão nele; depois, virão os romanos e tomarão não só o nosso lugar, mas a própria nação" (Jo 11:48). No julgamento de Jesus (Yeshua'), eles eram os principais promotores e se apressaram a entregá-lo a Pilatos, exigindo sua condenação, pressionando e clamando: "Se soltas a este, não és amigo de César! Todo aquele que se faz rei é contra César!", e ainda "Não temos rei, senão César!" (Jo 19:12 e 15).
Conclusão
Após varias pesquisas sobre os fariseus, observamos que eles desempenharam um papel importante na história religiosa daquele tempo. Eles se perderam espiritualmente, por darem mais valor as riquezas, as altas posições sociais tornando-se uma classe privilegiada na sociedade. Em quanto, pessoas de um mesmo credo religioso se dividem por pensarem diferentes, vimos aqui os Saduceus, mesmo divergindo-se dos fariseus, pois eles, mesmo não se suportando, uniram sua forças para matar Jesus Cristo.
GLOSSÁRIO
Hierarca [Do lat. med. hierarcha (< gr. hierárches).]
S. m.
• Autoridade superior em matérias eclesiásticas.
Aristocracia-[Do gr. aristokratía.]
S. f.
• Tipo de organização social e política em que o governo é monopolizado por um número reduzido de pessoas privilegiadas não raro por herança.
Suprimir-[Do lat. supprimere.]
V. t. d.
• Cassar, anular, abolir:
Credo-[Do lat. credu.]
S. m.
• Preceitos ou normas por que se rege uma pessoa, um partido, uma seita, etc.
Fatalismo-[De fatal + -ismo.]
S. m.
• Filos. Atitude ou doutrina que admite que o curso dos acontecimentos está previamente fixado, nada podendo alterá-lo. [Cf. determinismo.]
Rechaçando-[Do fr. ant. e médio rechacier, 'repelir', atual rechasser.]
V. t. d.
• Oferecer resistência a; opor-se a; resistir.
Dogmáticas-[Do lat. dogmaticu.]
Adj.
• Fig. Autoritário; sentencioso.
Sinédrio-[Do gr. synédrion, 'assembléia reunida em sessão', pelo lat. tard. synedriu.]
S. m.
• Entre os antigos judeus, tribunal, em Jerusalém, formado por sacerdotes, anciãos e escribas, o qual julgava as questões criminais ou administrativas referentes a uma tribo ou a uma cidade, os crimes políticos importantes, etc.
Fontes
1. Dicionário bíblico (Bíblia online.net);
2. Wikpédia (A ENCICLOPEDIA LIVRE);
3. www.tryte.com.br/judaismo;
4. www.vivos.com.br/234.htm (vivo o site da fé cristã);
5. www.bneitsion.cjb.net;
6. Dicionário Aurélio.